quarta-feira, 4 de março de 2009

AGORA


Agora que o homem se sente ameaçado!
Agora, que um simples pato
enche de penas
as penas da Humanidade,
reservo para mim
o direito de voar...

Deixo para vós
os passos de pedra
que ecoam nos rios
inimagináveis
da intolerância...

Quero morrer
ganso selvagem
em liberdade!

Não me apontem
os canos
que sobressaem
das vossas trincheiras.
Engulam as vacinas
envenenadas
com que infectam a terra.

E deixem correr os rios!
E deixem correr o mares!
Libertem as árvores
pois eu quero poisar...


Rogério Martins Simões










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