sexta-feira, 18 de junho de 2010

Chegámos ao fim!


Não é fácil dizer Adeus, queridos alunos! Foram dois anos de trabalho com entusiasmo, alegria, cansaço, alguns momentos (poucos!) de desânimo...Dois anos em que gostei muito, MUITO, de vos ter como alunos!
Agradeço, do coração, ao Lúcio e família todas as demonstrações de carinho que me deram (o filme que mantenho na lista de links é inesquecível!!!!) ; ao Paulo, as confidências que trocávamos e a vontade de querer trabalhar sempre mais e mais; ao Ivo, a irreverência divertida e...o rato do computador que me emprestava solicitamente; à Maria, o seu sorriso doce; ao Abu o toque de adolescente Dom Juanesco que cresceu depressa; ao João, a simpatia de sempre; à Antónia e ao Hélio o esforço e o interesse, a Arte que nunca adormeceu, sempre pronta a irromper do silêncio forçado; ao Helton, o toque simpático do Brasil tão longe e tão perto... 
Ficam no meu coração as inúmeras visitas de estudo que organizámos com alegria: a descoberta do mundo fascinante da Ópera e dos bastidores do Teatro, os estúdios e programas de Televisão, o Circo, os segredos do Titanic retirados do fundo do mar...Tanta coisa linda que partilhámos, queridos alunos!
Um dia, quando nos cruzarmos por acaso, venham dar-me um abraço porque nunca vos esquecerei.
Às vezes, a Escola é como a mãe que vê partir um filho que cresceu e se fez Homem. E nesses momentos, por muita felicidade que sinta, tem sempre vontade de chorar. São coisas de Mãe!



sexta-feira, 4 de junho de 2010

Exposição sobre o Centenário da Implantação da República

Decorrem este ano as comemorações do centenário da Implantação da República e a Turma EFA Sec associou-se ao evento.
Para além do roteiro republicano em Sacavém, levou-se a efeito na disciplina de Cultura, Língua e Comunicação uma exposição inteiramente feita à luz dos testemunhos da Ilustração Portuguesa.
Vale a pena ver as imagens! 








Os formandos colocando cartazes







O Hélio Pegado




 O Lúcio Alves e o Paulo Cunha ajudando na exibição do PowerPoint

Lúcio Alves com o professor Tito Trindade, inexcedíveis no apoio que prestaram.


A mesa da BESS com alguns números de época da Ilustração Portuguesa.

Aniversário do Paulo Cunha

Foi meu aluno durante dois anos e agora termina o EFA Secundário, que lhe dá equivalência ao 12º ano.
 O Paulo Cunha vai deixar-me muitas saudades. Trabalhador, sempre inquieto por cumprir os trabalhos propostos é, em vários aspectos, um exemplo a seguir. 
Todos os dias deixava o seu trabalho de serralheiro numa conhecida firma de Construção Civil, ia a casa tomar duche e jantar e aparecia nas aulas com a frescura de uma camisa irrepreensivelmente limpa e um cheirinho de água de colónia.
Não teve aulas de TIC, nunca abrira um computador. Agora trabalha normalmente com o Word, a Net e ganhou particular entusiasmo pelo PowerPoint, principalmente utilizando as animações que o seu colega Lúcio Alves lhe ensinou. O Paulo é simples, prestável, modesto e impressionantemente trabalhador. Fez 34 anos no dia 1 de Junho e quis festejar a data com a equipa de professores. Trouxe um grande (e delicioso!) bolo, sumos e não esqueceu as funcionárias da escola que todas as noites o apoiam.
Paulo, para si a maior felicidade do mundo! E obrigada pelas vezes em que me levou a pasta até à sala de aula poupando-me do esforço, obrigada pelas vezes em que foi buscar materiais à Biblioteca para eu não me deslocar, obrigada pelas vezes em que, mesmo muito cansado, acompanhou a turma nas visitas de estudo que fizemos ao fim de semana (e foram muitas!) 
Obrigada, sobretudo, por ter sido meu aluno!


 O Paulo apagando as velas.


Com o grupo de professores


Com a Dª Irene, a auxiliar de Acção Educativa que presta serviço no pavilhão em que teve aulas durante dois anos.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Roteiro republicano em Sacavém

Foi no passado sábado, 29 de Maio, que se realizou o roteiro pedestre alusivo à Implantação da República em Sacavém organizado pelo professor Carlos Casanova e com o apoio da professora Isabel Coelho, que não se poupou a esforços para que tudo corresse bem.
E foi, de facto, uma tarde cheia de interesse. Percorremos o centro histórico de Sacavém analisando a sua toponímia e visitámos a Cooperativa Sacavenense (criada em 1900) e o Museu de Cerâmica
Ficam algumas fotos para recordação, neste ano de comemorações de um centenário. Obrigado ao Lúcio Alves!

 

À porta da Escola, a professora Alice cumprimenta o sobrinho de uma aluna que também nos acompanhou.

A caminho...Aí vamos nós!


A primeira paragem foi no Largo 5 de Outubro, onde os professores Júlio Félix e Carlos Casanova nos ensinaram imensa coisa! Aqui está o professor Júlio a explicar...

Já na Cooperativa A Sacavenense onde fomos excepcionalmente bem recebidos pelo Dr. Ribeiro dos Santos (à direita) acompanhado pelo bibliotecário. 

Uma imagem inédita: a ponte que foi incendiada no período da Revolução para que os monárquicos não recebessem reforços.


Mas que grandes AMIGOS!


Vista do Largo 5 de Outubro com a Igreja de Nossa Senhora da Saúde.


O nosso Grupo nas instalações da Cooperativa


A linda Travessa da Oliveirinha


Toponímia republicana

Na Quinta de S. José


Trabalhos da Fábrica de Loiça de Sacavém com os rostos do último rei e do primeiro Presidente da República de Portugal.


Outro trabalho com a imagem de D. Manuel II

Um aspecto da exposição


Um lindo trabalho da Fábrica


Uma vitrine com lindas travessas

Imagem de Nossa Senhora da Saúde

Um aspecto do forno

O Grupo de professores à saída do Museu com o Guia da exposição, 
João Nunes.

domingo, 25 de abril de 2010

"A VISITA" ao Teatro Dona Maria II






Vinte e quatro de Abril, 15 horas,Teatro Nacional de Dona Maria II. Os primeiros a chegar foram a Gena e o Pedro, depois de terem deixado a pequenina Sofia em casa da avó. Vários adereços cénicos já estavam dispostos  no átrio...



 A esposa e os filhos do Lúcio Alves junto de adereços, frente à mesa do "Pingas".

 O busto  de Garrett, que se encontra na entrada do Teatro.

O Ponto foi a primeira personagem a surgir. Depois de nos ter apresentado o Pingas, "claqueur habitué" que nutre profunda  simpatia pela "Ginginha" ali tão perto, foi-nos guiando através de corredores e escadarias até ao Salão Nobre onde estava exposta uma encantadora colecção de teatros de papel, com minúsculas personagens manobradas através de ferros pequeninos. Surge Garrett, que conta sumariamente a história do Teatro e se dirige depois para a Livraria, um pouco irritado com o Ponto que, sempre solícito, lhe vai lembrando "deixas" que na realidade não esquecera.
Passam actrizes elegantes que vão conversando sobre os seus admiradores e surge o Pãozinho, personagem melodramaticamente romântica, o apaixonado de profissão!
De ramo de flores em riste, geme ansioso e é ajudado pelo Ponto na busca de palavras que possam conquistar as várias artistas a quem faz a corte. 
No entanto, olhando melhor para o nosso grupo, oferece o seu cartão à professora Margarida Martins e à Celey...

O cartão do Pãozinho...

Na sala estúdio tivemos oportunidade de ouvir um excerto de uma gravação da última peça que Palmira Bastos representou ao lado dos actores Luís Filipe, Varela Silva e Lurdes Norberto. Chamava-se "As Árvores Morrem de Pé", escrita pelo dramaturgo Alejandro Casona e recordo-me de a ter visto com os meus avós. Foi um momento de grande emoção para mim. 
Depois convida-nos a provar as deliciosas iguarias de um sumptuoso banquete com bolos, bacalhau e empadas de...plástico, rodeados pelo guarda roupa do Teatro. Sempre guiados pelo simpático Ponto e interrompidos de vez em quando pelas cenas de paixão e ciúme que o Pãozinho vai desencadeando, vamos ao encontro de Dona Amélia Rey Colaço que com o seu marido Robles Monteiro fundou e dirigiu, durante muitos anos, uma das melhores companhias de Teatro do nosso País. Lamentavelmente viu arder o Dona Maria II em 1964, quando se ia levar a cena a tragédia escocesa de Shakespeare que os actores, na sua maioria muito supersticiosos, nunca nomeiam directamente por receio de desgraça.
O Pãozinho pede ao  Ponto  que vá entregar um ramo de flores à célebre Rosa, actriz que o fascina  mas que tem um namorado apreciador de boxe. A partir daí é o charmoso cavalheiro quem nos mostra a teia e um camarim modelo, enquanto faz sinais  amistosos às jovens do grupo...
O pobre Ponto regressa do recado a que se prestou "feito num oito", com os óculos à banda, aos tropeções...Mas as coisas também não correm muito bem para o nosso conquistador, já que é trancado no camarim pela Delfina, a actriz ciumenta que ele costuma cortejar quando Rosa está ocupada...Correrias, gritos e cenas de uma mulher "dilacerada" por entre os risos do nosso divertidíssimo grupo, como se pode calcular.
Finalmente Delfina  devolve a liberdade ao Pãozinho que, muito ofendido, considera que não tinham sido cenas próprias de um corredor do Teatro Dona Maria!...
Pisámos então o palco! E ali nos alinhámos frente à cortina de ferro: depois de dizermos ao contra-regra a frase "Quando quiser", o pano subiu e recebemos os aplausos dos actores participantes que entretanto se tinham juntado na plateia. Os papéis estavam invertidos e eram eles a bater-nos palmas!
Foi uma tarde deliciosa, em que vimos o interior de um Teatro com Teatro: uma experiência inesquecível, digna da principal Casa da Arte Declamada do nosso País. 
Aqui deixamos os Parabéns e agradecimentos mais sinceros a todos os actores, técnicos e demais funcionários do Dona Maria que nos encantaram com "A Visita"! E um beijinho muito especial à Sra Dª Deolinda Mendes, que não se poupou a esforços para nos proporcionar este magnífico espectáculo!
Aqui ficam fotos do nosso alegre grupo (alguns já tinham participado nas visitas ao Teatro Nacional de São Carlos e gostaram imenso de se reencontrar!)

O grupo após "A Visita".



A Nídia e a Celey, do EFA 09, que transportaram adereços.



O João foi uma das estrelas da "Visita" e também transportou um adereço. 
Parabéns para ele! 





Um abraço muito especial aos alunos desta turma que participaram em mais este momento cultural: 

LÚCIO ALVES, PAULO CUNHA E HÉLIO PEGADO!