quarta-feira, 4 de março de 2009
Tumulto
Tempestade...O desgrenhamento
das ramagens...O choro vão
da água triste, do longo vento,
vem morrer-me no coração.
A água triste cai como um sonho,
sonho velho que se esqueceu.
(Quando virás, ó meu tristonho
Poeta, ó doce troveiro meu!...)
E minha alma, sem luz nem tenda,
Passa errante, na noite má,
à procura de quem me entenda
e de quem me consolará...
Cecília Meireles
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