Para fazer face às práticas modernas que esgotam os solos e contribuem para o aumento das emissões de CO2, certos investigadores desenvolveram diversas versões ecológicas para a agricultura.
A versão orgânica é a mais antiga e tradicional. Com origem na Índia, baseia-se na compostagem de matéria orgânica e na utilização de microorganismos para aumentar a sua rapidez, na adubação orgânica e na rotação de culturas. Os animais não são utilizados na produção agrícola, a não ser como tracção e produtores de estrume.
Na agricultura biodinâmica além da compostagem são utilizados preparados homeopáticos ou biodinâmicos para fortalecer as plantas e torna-las resistentes a certos fungos e bactérias, além de reactivar a vida no solo. Os adubos orgânicos não podem ser importados por não terem a bioquímica adequada à cultura.
No Japão foi desenvolvida a agricultura natural. Além da compostagem, utilizam microorganismos eficientes que têm capacidade de processar e desenvolver matéria orgânica útil. Baseia-se na adaptação da planta ao solo e do solo à planta. Não é bem aceite por outras correntes da agricultura ecológica, por utilizar princípios da manipulação genética.
Também do Japão, além da Austrália, vem a Permacultura, que é baseada nos pensamentos de Bill Mollison. Usa sistemas de cultivo agro-silvo-pastoris, compostagem, ciclos fechados de nutrientes e integração de animais nos sistemas. A comunidade deve ser auto-sustentável e auto-suficiente, produzindo alimentos, implementos e serviços.
Do Brasil vem a agricultura alternativa. Os seus princípios são a compostagem, adubos orgânicos e minerais de baixa solubilidade. O equilíbrio nutricional da planta é fundamental. A agricultura Nasseriana aposta no uso de ervas nativas e exóticas, na multidiversidade de insectos e plantas e na aplicação directa de adubos orgânicos na base das plantas, pois os seus criadores defendem que a planta sabe quando precisa de adubo.
in "Diário de Notícias" 22/03/2009
Postado por: Teresa Henrique
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